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No primeiro sábado de Junho/2012, fizemos um passeio diferente em nossa cidade (Belo Horizonte): uma caminhada sob a Lua Cheia. Este evento é organizado pelo Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento ocorre de Abril a Setembro, nas sextas e sábados de Lua Cheia. O passeio é conduzido por funcionários do Museu, em sua maioria, estudantes da UFMG de diferentes cursos: Geografia, Biologia, Pedagogia, Antropologia, Ciências Sociais, entre outros.

O museu está localizado em uma área de aproximadamente 600.000m². Segundo o guia, o espaço é considerado a terceira maior área verde de Belo Horizonte. Abriga espécies da fauna e flora brasileira e oferece várias opções de trilhas pela vegetação de Mata Atlântica secundária. Um lugar super especial para fazer uma caminhada!

Lua Cheia

Lua Cheia

Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Dinossauro no jardim do museu

Dinossauro no jardim do museu

Antes de iniciarmos a caminhada, assistimos uma breve palestra dos monitores sobre como seria o passeio. Na sala da palestra já conhecemos alguns bichos.

Exibição de animais antes da caminhada

Exibição de animais antes da caminhada

Exibição de animais antes da caminhada

Exibição de animais antes da caminhada

Neste momento, como o número de pessoas era muito grande, o monitor dividiu a turma em dois grupos: um apenas de adultos e outro das crianças e os seus acompanhantes.

Palestra antes de começar a caminhada

Palestra antes de começar a caminhada

Ligamos as lanternas e iniciamos a trilha. O terreno é levemente íngrime mas tranquilo de caminhar. Pouco tempo depois paramos em frente a um Jequitibá. Diz uma lenda indígena que a árvore era tão alta que os índios acreditavam que ela chegava ao céu. Por isso, eles a abraçavam para que seus pedidos fossem enviados até o céu. Algumas pessoas aproveitaram a caminhada para abraçar o Jequitibá.

Abraçando o Jequitibá

Abraçando o Jequitibá

Continuamos andando pela trilha e observando a mata ao redor.

Mata ao redor da trilha

Mata ao redor da trilha

Bem próximo ao Jequitibá observamos um cupinzeiro gigante. Coitado de quem sentar ali sem querer! 😛

Cupinzeiro gigante

Cupinzeiro gigante

Em um trecho da trilha o guia nos mostrou uma aglomeração de plantas conhecidas como Espadas de São Jorge.

Espadas de São Jorge

Espadas de São Jorge

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Uma pausa na caminhada para ouvir a explicação do guia sobre os morcegos. Aprendemos sobre os seus hábitos alimentares, a sua importância para a natureza, o sonar que permite a sua orientação durante o voo, entre outras curiosidades.

Explicação sobre morcegos

Explicação sobre morcegos

Grupo atento as explicações

Grupo atento as explicações

Quem nos acompanhava durante todo o percurso era a lua cheia, sempre imponente no céu! 🙂 Pausa para mais uma foto da lua! (O post da Cláudia (Aprendiz de Viajante) dá boas dicas de como fotografar a lua cheia. Consulte aqui )

Lua cheia

Lua cheia

Mais uns passos e lá estávamos perto da Sapucaia, uma árvore bem grande com frutos bem grandes. Segundo o guia, as castanhas da árvore são disputadas pelos macacos, cotias e monitores do parque! 😛

Guia mostrando o fruto da Sapucaia

Guia mostrando o fruto da Sapucaia

Ainda pela trilha, o guia mostra uma árvore que tem muitos espinhos no caule, a Cansanção, cujo nome popular é “Arre-Diabo”, a frase mais falada por quem abraça a árvore. 🙂

Cansanção e seus espinhos

Cansanção e seus espinhos

No meio da mata existem árvores de diferentes tamanhos, desde caules finos até caules mais grossos.

Árvore da mata

Árvore da mata

Mais uma pausa para observar um animal da mata, o Tiú. Enquanto ouvíamos uma explicação sobre os hábito do lagarto, alguém fala que já comeu o bicho e que a carne é muito gostosa. Todos caem na risada e o guia tenta retomar o clima de projeto ecológico defendendo o coitado do Tiú.

Tiú

Tiú

Mais um pouco de caminhada e paramos próximo à Corticeira. O guia convidou a todos para tocar no caule da árvore e observar como é macia.

Nerd tocando no caule da Corticeira

Nerd tocando no caule da Corticeira

Ainda na mata vimos o Palmito Juçara, uma palmeira nativa da Mata Atlântica que está ameaçada de extinção.

Palmito Juçara

Palmito Juçara

Por toda a trilha existem placas sinalizando o caminho. Acreditamos que durante o dia pode ser possível fazer essas trilhas sozinhos.

Indicação de trilha para Corticeira

Indicação de trilha para Corticeira

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Passando pelo lago, paramos para ouvir explicações sobre anfíbios. Aprendemos as diferenças entre rã, sapo e perereca.

Anfíbios

Anfíbios

Terminamos esse trecho da caminhada conhecendo a Ginkgo Biloba e o Pau-Brasil.

Ginkgo Biloba

Ginkgo Biloba

Pau-Brasil

Pau-Brasil

O percurso das trilhas é de aproximadamente 2 a 3 km. O grupo das crianças percorreu uma trilha menor do que o grupo dos adultos. Nos encontramos num espaço para a ouvir músicas e histórias da Sandra Lane e Vilmar Oliveira. Um casal muito simpático cantava e contava histórias interagindo com as crianças (e adultos também). 😀

Contador de histórias

Contador de histórias

Contadora de histórias

Contadora de histórias

Público ouvindo histórias

Público ouvindo histórias

Até quem tem um pouco mais de idade vira criança e se encanta com as histórias! 😀

Contadora de histórias

Contadora de histórias

Contador de histórias

Contador de histórias

Contador de histórias

Contador de histórias

Depois das histórias, fomos para a Cantina do Museu. A cantina oferece caldo de feijão, caldo de mandioca, canjiquinha, cachorro quente e canjica. O frio pedia um caldo bem quentinho! Nós experimentamos os caldos de feijão e de mandioca. Estavam muito bons! Aproveitamos para ir ao banheiro pois ainda teríamos mais um trecho de trilha e a exibição de alguns animais.

Cantina

Cantina

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Após a pausa para o lanche, os dois grupos se uniram. Andamos por uma trilha mais íngrime, porém bem curtinha. O guia fez uma pausa bem no meio da mata e pediu que todos ficassem em silêncio para que pudéssemos escutar os barulhos da mata. Neste momento, estávamos no centro da mata fechada que quase não ouvíamos barulhos da rua. Seguimos por  mais um trecho de caminhada e o guia fez uma proposta muito interessante de desligarmos as lanternas para que pudéssemos caminhar sob a luz da lua cheia. A experiência foi ótima! A lua cheia iluminou todo o caminho.

Chegamos a uma área mais aberta, próxima ao observatório que existe no museu. Chegava a hora de assistir a exibição de alguns animais. Como o grupo era grande, não havia cadeira para todos. As crianças assentaram no chão e nós ficamos em pé atrás das cadeiras. Este momento era coordenado por um biólogo e um funcionário da polícia. Iniciamos a apresentação com aranhas: caranguejeira, viúva negra e armadeira.

Caranguejeira

Caranguejeira

Armadeira

Armadeira

Após as aranhas, vimos Baratas de Madagascar e um escorpião. Passamos então para as cobras. Neste momento relembramos das características das cobras que as classificam como peçonhentas.

Jibóia Arco-íris

Jibóia Arco-íris

Policial exibe como capturar a cobra com segurança

Policial exibe como capturar a cobra com segurança

O próximo animal a ser exibido já começou a fazer barulho dentro da caixa, antes mesmo de aparecer. Ao ouvir um barulho alto de chocalho não tivemos dúvidas que seria a Cascavel.

Cascavel

Cascavel

Cascavel

Cascavel

Passamos para os tiús. Vimos um casal de tiús brasileiros e um tiú argentino. O biólogo demonstrou algumas características dos lagartos e até fez um deles abrir a boca e dormir! 🙂

Tiú macho e tiú fêmea

Tiú macho e tiú fêmea

Tiú argentino

Tiú argentino

Tiú argentino

Tiú argentino

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Voltamos novamente para a observação das cobras não peçonhentas: jibóia e píton, incluindo uma píton albina.

Jibóia

Jibóia

Píton

Píton

Biólogo exibindo uma Píton

Biólogo exibindo uma Píton

Píton albina

Píton albina

E quando achávamos que a exibição tinha acabado, eles desenrolam uma píton enorme, com aproximadamente 4 metros de comprimento. Fantástico! 🙂

Píton

Píton

Píton

Píton

Após a exibição dos bichos, os monitores liberaram as pessoas para tocar nos bichos, caso desejassem.

Adoramos a caminhada ecológica! O passeio todo durou aproximadamente 4 horas, mas a gente nem vê o tempo passar! 🙂 Faremos o possível para prestigiar outros eventos do museu e da nossa cidade. No Museu também ocorre o Quarta Crescente, outro evento que parece ser muito interessante. Em breve participaremos também!

Próximas datas:

  • 6 e 7 de Julho
  • 3 e 4 de Agosto
  • 31 de Agosto e 1 de Setembro

Para fazer a sua pré-inscrição, acesse o link aqui. É recomendável usar roupas leves para a caminhada. Levar lanterna e repelente.

Site: http://www.mhnjb.ufmg.br/evento_lua_cheia.html

Telefone: (31) 3461-4204

Como chegar:

  • Carro: Portaria I (Rua Gustavo da Silveira, 1035, Santa Inês) Estacionamento externo em área segura e arborizada.
  • Metrô:  Estação Santa Inês
  • Ônibus: 4665, 4802, 8001, 9105, 9205, 9207, 9550