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A Patagônia é um dos destinos mais bonitos do mundo e seus glaciares contribuem fortemente para que seja assim. Ver de perto aqueles gigantes de gelo foi uma das coisas mais emocionantes que já fizemos. Na primeira vez que estivemos por lá, nós fizemos o mini trekking no Glaciar Perito Moreno e gostamos tanto do passeio que eu resolvi repetir a experiência, mas desta vez no Glaciar Viedma, cujo acesso mais fácil é pela cidade de El Chaltén.

A Lillian agendou um passeio de barco pelo lago Viedma para um dia que tivesse pouco vento. Da outra vez que estivemos lá, não pudemos fazer o passeio porque o vento estava muito forte e formava ondas no lago, tornando o passeio perigoso. Inicialmente eu não tinha contratado o passeio, já que estava monitorando o tempo na expectativa de conseguir voltar à Laguna Torre em um dia em que o Cerro Torre estivesse visível. Mas, chegou o dia do passeio e o Cerro Torre estava com muita nuvem, então resolvi fazer a navegação e o trekking no gelo, conhecido como Viedma Trek.

Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Os dois tours saíram juntos às 11:15 da sede da Patagônia Aventura, agência que organiza os passeios. Ela fica na avenida San Martin, a mesma que termina na saída norte da cidade, onde começa a trilha para a Laguna de Los Tres e a ruta provincial 23 rumo ao Lago del Desierto. O trajeto até o Puerto Bahía Tunel (onde começa a navegação) durou meia hora, incluindo parada para fotos do Fitz Roy em um ângulo diferente. Chegamos ao porto 20 minutos antes da saída do barco (prevista para 12:00) e aproveitamos para ir ao banheiro e tirar algumas fotos do lago que tinha uma bonita cor com o dia ensolarado.

Puerto Bahía Tunel, ponto de partida para a Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Puerto Bahía Tunel, ponto de partida para a Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Linda paisagem no Lago Viedma enfeitado com lupinos - Patagônia Argentina

Linda paisagem no Lago Viedma enfeitado com lupinos – Patagônia Argentina

A agência tem dois barcos. Nós fomos no barco maior, que tem muito espaço tanto na área coberta (e aquecida) como na área aberta e permitiu que todos pudessem ver bem as belezas do passeio. Há banheiros (apenas para líquidos, segundo a guia) e uma pequena venda de guloseimas. A guia da navegação deu muitas explicações da área do lago e isso ajudou a passar o tempo. A vista das montanhas da região também é muito bonita a partir do lago.

Navegando pelo Lago Viedma em direção ao Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Navegando pelo Lago Viedma em direção ao Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Montanhas ao redor do Lago Viedma - Patagônia Argentina

Montanhas ao redor do Lago Viedma – Patagônia Argentina

Depois de quase uma hora de navegação chegamos ao glaciar, ou o mais próximo possível dele. Ficamos uns 20 minutos por lá e o barco ficava sempre girando para que as pessoas dos dois lados pudessem ver e fotografar. Os mais empolgados se moviam de um lado pro outro, já que havia espaço de sobra no barco. A área frontal do Glaciar não é tão grande como a do Glaciar Perito Moreno nem tão alta como do Glaciar Spegazzini mas ele é também muito bonito. E não há como não se impressionar perante uma destas maravilhas da natureza.

Vista frontal do Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Vista frontal do Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Vista frontal do Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Vista frontal do Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

A emoção foi tanta que a Lillian até quis fazer um selfie! 😛 Mentira, a gente gosta muito de foto e faz selfie em qualquer lugar que a gente ache bonito mesmo.

Lillian fazendo selfie em frente ao lindo Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Lillian fazendo selfie em frente ao lindo Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Chegou então a hora de ir para a margem esquerda do Glaciar, onde desembarcaram todos que iriam fazer o trekking no gelo, inclusive eu. Momento triste da despedida, já que a Lillian seguiu no o barco de volta e depois iria para El Calafate, enquanto eu fiquei para a caminhada e mais três dias em El Chaltén. Ao descer do barco, caminhamos aproximadamente meia hora até chegar na geleira. Andamos sobre bonitas pedras vermelhas mas é preciso ter cuidado porque são escorregadias. O pequeno trajeto tem uma leve subida e depois uma descida até o gelo. Do meio do caminho ainda temos uma bonita vista do glaciar.

Glaciar Viedma vista da pequena caminhada até a geleira - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma vista da pequena caminhada até a geleira – Patagônia Argentina

Glaciar Viedma vista da pequena caminhada até a geleira - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma vista da pequena caminhada até a geleira – Patagônia Argentina

Antes de colocar os crampões e começar a caminhar, os guias nos levaram a uma grande fenda no gelo, algo em torno de 6 ou 7 metros de altura. O cenário é muito bonito, mas eu não consegui tirar boas fotos lá de dentro porque pingava muita água. Provavelmente foi a tonalidade de azul mais bonita que eu já vi na vida.

Turistas e a fenda no Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Turistas e a fenda no Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Incrível azul da vista de dentro do Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Incrível azul da vista de dentro do Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Não há estrutura para colocar os crampões como no Perito Moreno. Não há nem lugar pra deixar mochilas, eu mesmo levei a minha nas costas. Os guias colocaram então os crampões, deram as instruções e os procedimentos de segurança e começamos a caminhar. Uma coisa que me chamou atenção foi a quantidade de guias. Eram 5 pra um grupo de umas 15 pessoas. Caminhamos por 1 hora ou 1 hora e meia e foi emocionante. O glaciar é mais “sujo” (tem muitos sedimentos) mas é muito bonito assim mesmo. Passamos por fendas profundas onde dava pra ver o azul mais forte de dentro do glaciar. E paramos para tirar algumas fotos em uma buraco que tinha no gelo.

Pose pra foto no Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Pose pra foto no Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Detalhes do Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Detalhes do Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Detalhes do Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Detalhes do Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

Buraco no Glaciar Viedma - Patagônia Argentina

Buraco no Glaciar Viedma – Patagônia Argentina

E não é apenas o glaciar que é bonito. As montanhas ao redor também ajudam a compor a paisagem.

Glaciar Viedma e montanhas ao redor - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma e montanhas ao redor – Patagônia Argentina

Glaciar Viedma e montanhas ao redor - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma e montanhas ao redor – Patagônia Argentina

Glaciar Viedma e montanhas ao redor - Patagônia Argentina

Glaciar Viedma e montanhas ao redor – Patagônia Argentina

A caminhada é muito leve, não precisa ter bom condicionamento físico para fazer. Mas é preciso muita atenção e seguir as instruções de segurança que são passadas pelos guias para não ter nenhum acidente. Em nosso post do trekking no Perito Moreno eu listei alguns procedimentos de segurança que os guias nos passaram. Ao final, brindamos com um licor e gelo do glaciar. Foi mais modesto que o do Perito Moreno, onde teve whisky e alfajor. Mas ninguém liga pra isso, o objetivo é caminhar sobre o gelo. Ao final, tiramos o equipamento e caminhamos de volta ao ponto de embarque onde esperamos uns 15 minutos até o barco nos buscar. Aproveitei pra comer o resto de um sanduíche e brincar de fazer longa exposição com uma nuvem que ser mexia. Em seguida foi mais uma hora de barco e meia hora de ônibus até a cidade.

Brincando de longa exposição no Lago Viedma - Patagônia Argentina

Brincando de longa exposição no Lago Viedma – Patagônia Argentina

Em comparação com o trekking no Perito Moreno, eu achei o Viedma mais “sujo”, pelo menos na parte onde caminhamos. Nesse quesito, o Perito é mais bonito. Mas no Viedma era apenas nosso grupo, enquanto no Perito Moreno havia sempre outros grupos visíveis por perto, o que me desagradou um pouco. Eu não tenho uma opinião formada de qual dos dois vale mais a pena, adorei ambos.

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